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Vida sexual sem útero


A histerectomia é um tipo de operação que consiste na excisão (retirada) do útero, sendo realizada através da via abdominal, vaginal ou por laparoscópica.

Pode ser total, todo útero, ou subtotal, quando se deixa o colo uterino. Por vezes esta cirurgia é acompanhada da retirada dos ovários e trompas (histerectomia total com anexectomia bilateral).

A indicação do procedimento se faz mediante uma patologia tendo a conotação de cura, alívio, de resolução de problemas. Desta forma, existe um contexto clínico em que se justifica o risco-benefício e o ginecologista precisa orientar de forma clara os riscos, benefícios e efeitos colaterais que possam ocorrer. Esse diálogo contribui para atenuar as dificuldades sexuais que possam vir a ocorrer e esclarecer mitos e crenças errôneas.

Uma vez retirado o útero não teremos mais a menstruação e nem a possibilidade de gestar, entretanto não haverá alteração hormonal, quando os ovários são preservados e estão funcionantes.

A vida sexual com penetração vaginal comumente é retomada pós trinta a sessenta dias do procedimento cirúrgico. Apimente as preliminares e se necessário use hidratante vaginal prescrito por seu médico.

A perda do útero pode, em algumas mulheres, levar a modificações na resposta sexual e causar decréscimo na percepção física do orgasmo, aderências pélvicas, gerando dor e encurtamento da vagina, em alguns casos da retida do colo uterino. Quanto ao aspecto emocional os abalos podem ser ainda maiores, despertando sentimentos de mutilação, desvalia, tristeza e depressão que repercutem sobre a feminilidade, principalmente naquelas que não tiveram filhos.

Para outras mulheres a histerectomia pode representar a descoberta de outros poderes e potencialidades como a liberdade, o autoconhecimento e uma grande fonte de energia e prazer genital, melhorando a função sexual, permitindo o ato em diferentes posições sexuais. Não há mais a preocupação com a gravidez e com sangramento vaginal.

O desejo sexual é influenciado por condições orgânicas ( ausência de dor, desconforto, doenças, uso de medicamentos), regido por fatores relacionais (afetividade, disponibilidade do parceiro, assertividade, mágoas, ressentimentos) hormonais e por condições psicológicas. Ele é multifatorial e geralmente associado a aspectos psíquicos. Logo não será abolido por um procedimento, talvez adormeça no pós operatório recente.

As consequências da histerectomia sobre a qualidade da vida sexual posterior à cirurgia são controversas e dependem diretamente da intensidade dos sintomas pré-cirúrgicos, das condições emocionais e principalmente da qualidade do relacionamento estabelecido com a parceira. De fato, os efeitos da histerectomia na vida da mulher e, mais especificamente, na sexualidade feminina, são complexos e decorrentes da interação de fatores físicos, psicológicos, sociais, culturais, religiosos e educacionais que interferem na visão que a mulher tem do útero e de si mesma.

Lembre-se que a sexualidade forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros da vida e nem negligenciado. Ela é experimentada e expressada através de pensamentos, de ações, de desejos e de fantasias e não apenas com o ato sexual com penetração. Uma vida sexual saudável necessita de erotismo, intimidade, imaginação, prazer e respeito na medida certa.

Busque conhecer seu corpo, expressar suas vontades e avaliar seus medos.





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